Altamir Tojal é jornalista e escritor. Seu primeiro romance, o um thriller político Faz que não vê, foi lançado em 2006 pela editora Garamond. Trabalha atualmente no texto do segundo romance e na publicação do livro de contos Oásis azul do Méier.

Carioca, 59 anos, cursou jornalismo na Universidade Federal Fluminense (UFF) e especialização em Filosofia Contemporânea na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). Neste curso, realizado entre 2002 e 2004, elaborou a monografia Resistência ao Império e a conta do salário social, com reflexões sobre o tema da resistência e a proposta de universalização da renda de cidadania. Freqüentou, em 1999, a Oficina de Literatura da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) – ministrada pelo escritor Antônio Torres.

Trabalhou como repórter no Jornal do Brasil, O Globo, Veja e IstoÉ. Foi chefe do Departamento de Comunicação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Participou, como membro titular, do Conselho Estadual do Meio Ambiente do Estado do Rio de Janeiro (Conema). Criou e dirige, desde 1991, a empresa SPS Comunicação, onde atua como consultor de empresas para relações com a imprensa.

Tão nociva quanto o absolutismo do mercado é a perversão pela transcendência da potência transformadora da militância.

A retórica do outro mundo possível é materializada em luta cega. Valem, no discurso, a vida, a liberdade, a alteridade. Na prática, vale o velho vale-tudo. A história se repete. Este mundo não presta. Então tudo pelo ‘outro mundo’, perfeito na inocência de uns e na malandragem de outros.

Os dois lados, supostamente antagônicos, usam os mesmos métodos e armas. Guerreiam pelo poder, mas não se combatem de verdade. Servem-se da democracia para submeter a sociedade.

O mundo que existe é este que vivemos, com desafios que não terminam e as conquistas de todo dia. O homem talvez nunca tenha enfrentado tantas ameaças, mas também nunca foi tão capaz de alcançar soluções com o dom da criação e a força do saber.